sábado, junho 25, 2005

Moro tão longe, que as serpentes morrem no meio do caminho.
Moro bem longe: quem me alcança para sempre me alcançará.

Não há estradas coletivas com seus vetores, suas setas indicando o lugar perdido onde meu sonho se instalou.

Há tão somente o mesmo túnel de brasas que antes percorri, e que à medida que avançava
foi-se fechando atrás de mim.

É preciso ser companheiro do Tempo e mergulhar na Terra, e segurar a minha mão e não ter medo de perder.

Nada será fácil: as escadas não serão o fim da viagem: mas darão o duro direito de, subindo-as, permanecermos.

Alberto da Cunha Melo

Nenhum comentário: