sábado, fevereiro 11, 2006

Êxtase


Êxtase

Quando vens para mim, abrindo os braços,
Numa carícia lânguida e quebrada,
Sinto o esplendor de cantos de alvorada
Na amorosa fremência dos teus passos.
Partindo os duros e terrestres laços,
A alma tonta, em delírio, alvoroçada,
Sobe dos astros a radiosa escada
Atravessando a curva dos espaços.
Vens, enquanto que eu, perplexo d’espanto,
Mal posso abraçar, gozar-te o encanto
Dos seios, dentre esses rendados folhos.
Nem um beijo te dou! abstrato e mudo
Diante de ti, sinto-te, absorto em tudo,
Uns rumores de pássaros nos olhos.
Cruz e Souza

8 comentários:

Anônimo disse...

Boa Noite!
Vim retribuir a sua visita e dizer q fiquei muito feliz em tê-la perto de mim, estarei aqui te visitando tb sempre.
Beijos Poéticos.
;**
Obg por suas palavras tão gentis.

Camarada Arcanjo disse...

Olá.
Desta vez, assinarei o livro de visitas. :)

Saramar disse...

Gusta, querida, finalmente voltou e com magnífico poema.
Obrigada.

Beijos

Avó do Miau disse...

Que texto tão lindo!
Um abraço,
Daniela.

Jorge Moreira disse...

Muito belo!
Beijinhos,

Saramar disse...

Gusta, voltei para lhe dar os parabéns, pelo dia da poesia, você que é uma alma sensível e sofisticadamente doce.

Beijos

Saramar disse...

Ora, mas a senhora abandonou a poesia? rsssss
Beijos

Anônimo disse...

What a great site
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